segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Correção de Técnica para Doenças Adicionais

Nem todas as condições patológicas apresentadas pelo paciente são visíveis nas imagens radiográficas. Assim, o interessante seria a realização de uma correção no valor de técnica, o que na maioria dos casos não ocorre (por falta de conhecimento teórico por parte do técnico ou tecnólogo, falta de diálogo entre paciente, médico e técnico ou tecnólogo - são algumas formas para não haver essa correção). A correção de técnica para uma determinada condição patológica é efetuada devido as alterações que ocorrem nos cinco grupos de materiais que são radiograficamente visíveis: ar, gordura, fluídos (tecidos moles), ossos e metais.

DOENÇAS ADICIONAIS

Condições anormais que levam a um aumento na concentração de fluídos, aumento de densidade óssea, por exemplo, para fins radiológicos são consideradas condições adicionais. Assim, um aumento no valor de técnica se faz necessário para uma exposição adequada da área anatômica, e consequentemente uma visualização radiográfica.

Situações tais em que há um excesso de tecido ósseo ou uma calcificação parcial de articulações (devido a patologia desenvolvida), por exemplo, levam a um aumento no número atômico e deverá haver um incremento no valor de técnica. Acúmulo de fluídos em  campos pulmonares é outro exemplo para correção de técnica radiológica. Lembrando que a presença de líquidos nos pulmões aumenta a densidade dos tecidos em 1.000 vezes quando comparado a condições pulmonares normais.

Uma regra prática para doenças adicionais é que devemos efetuar um aumento em 50% no valor de técnica, desde que a doença se encontre em um estágio avançado.

Como um guia prático para a rotina diária em um departamento de radiologia, listamos as seguintes patologias e os valores de correções a serem realizados:

  • Carcinoma fibroso: 50% mAs;
  • Cardiomegalia: 50% mAs;
  • Edema pulmonar: 50% mAs;
  • Hidropneumotórax: 50% mAs;
  • Pneumonia: 50% mAs;
  • Tuberculose (trato pulmonar): 50% mAs;
  • Ascite: 50-70% mAs;
  • Hidrocefalia: 50-75% mAs;
  • Cirrose: 50% mAs;
  • Osteoartrite: 8% kV (regra dos 15%);
  • Osteopetrose: 8-12% kV;
  • Doença de Paget: 8% kV.


Imagem radiográfica realizada com correção de técnica onde paciente
apresenta cardiomegalia e efusão pleural (seta preta) - (Fonte: Radiography in the Digital Age: Physics - Exposure - Radiation Biology, Quinn B. Carroll).


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Prof. João H. Hamann

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Incidência PA - Crânio

Uma projeção realizada para a visualização dos ossos do crânio (em especial os que se encontram na região anterior do crânio), a incidência PA Crânio apresenta algumas características na sua imagem radiográfica, entre elas:
  • Trabalha com a linha LOM (linha orbito-meato), a qual deixa a base do crânio nivelada,
  • RC (raio central) saindo na glabela,
  • Ausência de rotação e inclinação da cabeça pode ser observado através dos MAE (meato acústico externo),
  • Alinhamento do PMS (plano médio sagital) da área anatômica,
  • posição ortostática ou decúbito ventral,
  • Como estruturas visualizadas, a principal característica da imagem é a sobreposição das porções e cristas petrosas com as margens orbitais (devido ao trabalhar com a linha LOM); a visualização de estruturas associadas ao osso frontal (como crista interna e seio frontal, por exemplo); etmoide (lâmina cribiforme, seios etmoidais, conchas nasais mediais e parte da lâmina perpendicular, por exemplo); ossos parietais e sutura sagital (em casos de pacientes jovens ou adultos) bem como uma visão parcial da fossa anterior da base do crânio.

Incidência PA - Crânio e as principais estruturas visualizadas (fonte: http://www.wikiradiography.net/page/Skull+Radiographic+Anatomy)

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Prof. João H. Hamann

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

70 Anos das Bombas Nucleares em Hiroshima e Nagasaki

Este ano, nos dias 6 e 9 de agosto completam 70 anos que as bombas nucleares Little Boy e Fat Man foram lançadas sobre as respectivas cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão. Com um poder de aproximadamente 15.000 toneladas de TNT (Little Boy) e 20.000 toneladas de TNT (Fat Man) o poder de destruição foi tanto que as suas marcas são sentidas até hoje na história moderna da civilização e principalmente pelos sobreviventes. 

No intuito de manter vivo as consequências que uma bomba nuclear pode trazer para a sociedade, dois links (em inglês) dão a ideia do poder de destruição caso uma bomba nuclear caia em uma determinada cidade. Assim, o usuário poder escolher a cidade onde a bomba será lançada e observar o raio de estrago promovido pela explosão.

O primeiro link (http://nuclearsecrecy.com/nukemap/), desenvolvido pelo pesquisador Alex Wellerstein (Stevens Institute of Technology) é mais detalhado em relação aos estragos que o artefato nuclear pode promover quando lançado em uma determinada cidade. Aqui podemos quantificar o número de óbitos, indicar se o projétil terá uma explosão em solo ou no ar, por exemplo, e escolher outras bombas nucleares produzidas pelo homem para detonação. Pode-se escolher até a tão temível Tsar Bomba, (bomba de hidrogênio ou bomba termonuclear), a qual foi detonada pelos soviéticos na década de 1960 com um poder de aproximadamente 50.000.000 toneladas de TNT! 

O segundo link (http://www.pri.org/stories/2015-08-04/what-if-your-hometown-were-hit-hiroshima-atomic-bomb) desenvolvido por uma ONG (www.pri.org) tem um simulador que demonstra os efeitos devastadores da bomba Little Boy lançada na cidade escolhida pelo usuário. Segundo a ONG, este simulador foi desenvolvido para manter viva a preocupação com os riscos nucleares.

Nuvem em formato de cogumelo formada pela bomba Fat Man depois de detonada na cidade de Nagasaki. Esta nuvem subiu 18 km acima do hipocentro da explosão (cortesia de http://www.archives.gov/research/military/ww2/photos/images/ww2-163.jpgNational Archives image (208-N-43888))


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Prof. João H. Hamann

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Príncipios de Funcionamento da Medicina Nuclear (MN)

Vídeo em inglês demonstrando de forma didática os princípios associados a Medicina Nuclear (MN). A MN pode ser usada para tratamento ou processo de formação de imagens radiográficas com a utilização de radiofármacos (radioisótopos associados a um determinado fármaco). A escolha do fármaco se dá em função da patologia que o paciente esteja apresentando e que será investigada ou tratada. A imagem gerada é uma imagem funcional (estudando a fisiologia do órgão ou tecidos em questão).

 Equipamento PET com a presença de duas gama câmaras (posicionadas com uma diferença de 90º) 

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