domingo, 22 de maio de 2016

Principais Pontos de Reparos Radiológicos na Região de Tronco

Para posicionamento radiológico e localização de RC (raio central), as incidências radiográficas se baseiam em pontos de reparos radiológicos nas diversas áreas anatômicas. Na maioria dos casos, os pontos de reparos radiológicos são estruturas ósseas, pois (i) estas são de fácil localização e (ii) são confiáveis para localização de RC, permitindo assim a visualização de determinada estrutura ou região anatômica na incidência realizada.

No intuito de auxiliar no dia-a-dia o profissional das técnicas radiológicas, a Figura 1 apresenta alguns pontos de reparos associados a região de tronco e sua correlação com a coluna vertebral.

Figura 1 - Principais pontos de reparo radiológico na região de tronco e sua correlação com a coluna vertebral.

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Prof. João H. Hamann

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Radioproteção Associada ao Paciente

Em um departamento de radiologia, é obrigação do técnico ou tecnólogo em radiologia realizar a radioproteção do paciente durante a realização do exame radiológico.
Neste intuito, no sentido de maximizar a proteção radiológica e, consequentemente, reduzir dose para paciente, alguns pontos devem ser observados por parte do profissional das técnicas radiológicas:

  •  Preparação do paciente: realizando, por exemplo, a remoção de objetos da área anatômica de interesse (onde estes não gerem artefatos na imagem radiográfica) ou observando se paciente ingeriu de forma correta a quantidade necessária de contraste para determinado exame contrastado do sistema gastrointestinal;
  • Identificação do paciente: sempre que possível identificar o paciente pelo nome completo e também realizar uma rápida anamnese. Com estes procedimentos simples, evitasse de expor outro paciente ou uma região anatômica sem interesse para o estudo radiológico;
  • Condições do paciente: pacientes apresentando certas patologias, fraturas ou até mesmo a sua idade (geriátrico ou pediátrico) irão requerer por parte do técnico/tecnólogo uma atenção redobrada para a realização das incidências radiográficas. Estar atento as condições do paciente reduzem as chances de repetir projeções, reduzindo assim a dose para o paciente;
  • Tipo de equipamento para a realização das imagens: a seleção correta e o conhecimento técnico em relação ao equipamento que será empregado para a realização das imagens influenciam na dose para o paciente. Desta forma, é importante conhecer as especificações técnicas (tipo de retificação, tensão de alimentação, especificações técnicas do tudo de raios X, por exemplo) irão otimizar os valores de técnica de exposição;
  • Tipo do receptor de imagens: trabalhar com sistemas tela/filme (sistema convencional) ou placas de fósforos (sistema CR) mais velozes fazem com que a exposição do paciente seja menor. Entretanto, quanto mais veloz é o RI (receptor de imagens) menor é a resolução do sistema;
  • Posicionamento do paciente: o correto posicionamento do paciente também contribui para a redução de dose. Através do correto posicionamento do paciente para determinada incidência se evita a repetição de exames;
  • Técnica de exposição: correto valor de kV e mAs irão influenciar diretamente na dose absorvida pelo paciente. Desta forma, é interessante (i) trabalhar com uma carta técnica do equipamento e (ii) utilizar espessômetro para determinação da espessura da área anatômica;
  • Colimação do feixe de raios X: expor somente a área anatômica de interesse radiológico contribui para uma limitação das radiações primárias e secundárias, o que irá (i) reduzir dose e (ii) aumentar a qualidade da imagem radiográfica, pois menor radiação espalhada chegará ao RI;
  • Parâmetros de exposição: estações de correntes mais elevadas exigem um menor tempo de exposição. Desta forma, evitasse o borramento por movimento e consequentemente a repetição do exame e aumento de dose para pacientes;
  • Proteção do paciente: a utilização de protetor de gônadas ou utilização de avental de chumbo para a realização de projeções associadas as extremidades (MMII ou MMSS) ou região de cabeça é uma forma de realizar a proteção radiológica do paciente;
  • Projeção realizada: é interessante saber o que realmente o médico deseja visualizar em uma determinada área anatômica através de uma imagem radiográfica. Assim, podemos realizar diferentes projeções, mas que permitem, de uma forma geral, visualizar a mesma estrutura anatômica. Como exemplo, podemos ter a situação em que médico deseje visualizar articulação coxofemoral unilateral. Tanto uma incidência AP de pelve ou AP de quadril permitirão visualizar a estrutura de interesse primário. Dentro do conceito de radioproteção, devemos ter um cuidado em especial com cristalinos, glândula tireoide e gônadas dos pacientes. 


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Prof. João H. Hamann

domingo, 15 de maio de 2016

Princípios Fundamentais da Radioproteção

Três são os princípios básicos da radioproteção que qualquer profissional das técnicas radiológicas pode aplicar no seu dia-a-dia quando estiver trabalhando com equipamentos emissores de radiação ionizante (como tomografia computadorizada, radiologia convencional ou sistemas digitais, por exemplo). Estes três princípios são:
  • Tempo: o tempo de exposição junto a fonte emissora de radiação deve ser o menor possível. Lembrando que o valor de dose está diretamente relacionado com o tempo de exposição. Assim, ao dobrarmos o tempo de exposição, a dose recebida dobrará;
  • Distância: entre profissional das técnicas radiológicas e fonte emissora de radiação deve, sempre que oportuno, haver a  maior distância entre ambos. Lembrando que aqui temos a aplicação da lei do inverso do quadrado da distância, ou seja, ao aumentarmos a distância entre fonte e profissional, a intensidade do feixe diminui. Esta diminuição é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre fonte e técnico/tecnológo;
  • Blindagem: entre a fonte emissora de radiação e o profissional das técnicas radiológicas sempre que possível deve haver uma barreira (blindagem) atenuadora do feixe de radiação. Assim, durante a realização de uma projeção radiográfica, por exemplo, técnico (ou tecnólogo) deve permanecer atrás de um biombo, ou então, utilizar um avental plumbífero (caso necessite contenção do paciente). Aventais de proteção, em sua maioria, contêm 0,5 mm de chumbo (o que equivale a aproximadamente 2 camadas semirredutoras - CSR), o que reduz a exposição em 25%.


Algumas considerações importantes:
  • Dosímetro não é considerado como um EPI (equipamento de proteção individual). Deve ser utilizado junto ao tórax e acima do avental plumbífero (conforme Portaria 453/98 do Ministério da Saúde, item 3.47);
  • Equipamentos de fluoroscopia possuem um temporizador automático de exposição contínua. Este tempo de segurança é algo em torno de 5 minutos, ou seja, após 5 minutos de exposição contínua, o equipamento literalmente desliga o feixe de radiação;
  • Em exames fluoroscópicos é interessante que o profissional das técnicas radiológicas fique o máximo possível afastado do paciente. Devemos lembrar que devido a radiação espalhada pelo corpo do paciente e o maior tempo de exposição contribuem para uma maior dose ao técnico/tecnólogo.


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Prof. João H. Hamann