sexta-feira, 20 de maio de 2016

Radioproteção Associada ao Paciente

Em um departamento de radiologia, é obrigação do técnico ou tecnólogo em radiologia realizar a radioproteção do paciente durante a realização do exame radiológico.
Neste intuito, no sentido de maximizar a proteção radiológica e, consequentemente, reduzir dose para paciente, alguns pontos devem ser observados por parte do profissional das técnicas radiológicas:

  •  Preparação do paciente: realizando, por exemplo, a remoção de objetos da área anatômica de interesse (onde estes não gerem artefatos na imagem radiográfica) ou observando se paciente ingeriu de forma correta a quantidade necessária de contraste para determinado exame contrastado do sistema gastrointestinal;
  • Identificação do paciente: sempre que possível identificar o paciente pelo nome completo e também realizar uma rápida anamnese. Com estes procedimentos simples, evitasse de expor outro paciente ou uma região anatômica sem interesse para o estudo radiológico;
  • Condições do paciente: pacientes apresentando certas patologias, fraturas ou até mesmo a sua idade (geriátrico ou pediátrico) irão requerer por parte do técnico/tecnólogo uma atenção redobrada para a realização das incidências radiográficas. Estar atento as condições do paciente reduzem as chances de repetir projeções, reduzindo assim a dose para o paciente;
  • Tipo de equipamento para a realização das imagens: a seleção correta e o conhecimento técnico em relação ao equipamento que será empregado para a realização das imagens influenciam na dose para o paciente. Desta forma, é importante conhecer as especificações técnicas (tipo de retificação, tensão de alimentação, especificações técnicas do tudo de raios X, por exemplo) irão otimizar os valores de técnica de exposição;
  • Tipo do receptor de imagens: trabalhar com sistemas tela/filme (sistema convencional) ou placas de fósforos (sistema CR) mais velozes fazem com que a exposição do paciente seja menor. Entretanto, quanto mais veloz é o RI (receptor de imagens) menor é a resolução do sistema;
  • Posicionamento do paciente: o correto posicionamento do paciente também contribui para a redução de dose. Através do correto posicionamento do paciente para determinada incidência se evita a repetição de exames;
  • Técnica de exposição: correto valor de kV e mAs irão influenciar diretamente na dose absorvida pelo paciente. Desta forma, é interessante (i) trabalhar com uma carta técnica do equipamento e (ii) utilizar espessômetro para determinação da espessura da área anatômica;
  • Colimação do feixe de raios X: expor somente a área anatômica de interesse radiológico contribui para uma limitação das radiações primárias e secundárias, o que irá (i) reduzir dose e (ii) aumentar a qualidade da imagem radiográfica, pois menor radiação espalhada chegará ao RI;
  • Parâmetros de exposição: estações de correntes mais elevadas exigem um menor tempo de exposição. Desta forma, evitasse o borramento por movimento e consequentemente a repetição do exame e aumento de dose para pacientes;
  • Proteção do paciente: a utilização de protetor de gônadas ou utilização de avental de chumbo para a realização de projeções associadas as extremidades (MMII ou MMSS) ou região de cabeça é uma forma de realizar a proteção radiológica do paciente;
  • Projeção realizada: é interessante saber o que realmente o médico deseja visualizar em uma determinada área anatômica através de uma imagem radiográfica. Assim, podemos realizar diferentes projeções, mas que permitem, de uma forma geral, visualizar a mesma estrutura anatômica. Como exemplo, podemos ter a situação em que médico deseje visualizar articulação coxofemoral unilateral. Tanto uma incidência AP de pelve ou AP de quadril permitirão visualizar a estrutura de interesse primário. Dentro do conceito de radioproteção, devemos ter um cuidado em especial com cristalinos, glândula tireoide e gônadas dos pacientes. 


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Prof. João H. Hamann

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