No ano de 1952, Henry Kaplan e Edward Ginzton iniciaram a construção do
primeiro acelerador linear (LINACs) médico que seria empregado como uma
ferramenta para tratamento do câncer. Este LINAC apresentava energia de 6 MV
para feixe de radiação X, movimento de gantry
limitado, além de possuir um grande tamanho e volume. Sua estrutura aceleradora
era constituída por diversos discos com furo central (para passagem do feixe de
elétrons acelerados) alinhados e um sistema de células de acoplamento que
geravam a onda estacionária para aceleração das partículas. Em 1956 este
equipamento foi instalado no Hospital de Stanford sendo o primeiro LINAC médico
para tratamento na América do Norte. Ainda neste mesmo ano temos o primeiro
paciente tratado: uma criança de dois anos de idade que apresentava um tumor no
globo ocular (Figura 1). Muitos autores consideram este modelo de equipamento
como a primeira geração de LINACs. Ao final do ano de 1956 haviam sete
aceleradores lineares em todo o mundo sendo utilizado para fins radioterápicos:
um nos Estados Unidos e seis distribuídos pela Inglaterra.
Entretanto, no ano de 1953, na Inglaterra, temos o primeiro LINAC projetado
e desenvolvido para tratamento médico. Desta forma, este foi realmente o
primeiro equipamento com feixe de alta energia utilizado para irradiação de
pacientes. As características de máquina eram: estrutura aceleradora para o
feixe de elétrons com 3 metros de comprimento, onde pelo sistema de guias de
onda produzida um feixe de fótons X com energia de 8 MV, sistema de
direcionamento e filtros em cunha para o feixe de radiação.
Figura 1:
Primeiro paciente tratado pelo LINAC médico desenvolvido por Kaplan e Ginzton
na Universidade de Stanford. Ao fundo da imagem, o LINAC com energia de 8 MV
para feixe de raios X
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Prof. João H. Hamann
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