domingo, 12 de outubro de 2014

Röntgen e suas Observações em Relação a Descoberta da Radiação X


Em novembro de 1895, Wilhem Conrad Röntgen (1845 – 1923), professor de Física de uma universidade alemã, estava fazendo experiências com raios catódicos (elétrons), produzindo-os em tubos de vidro no qual se fazia vácuo, com dois eletrodos no tubo (Figura 1). Era mantida uma diferença de potencial de centenas de volts e os chamados raios catódicos passavam do eletrodo negativo (catodo) para o positivo (anodo) ou colidiam com a parede do tubo.

 Figura 1: tubo de Crookes utilizado por Röntgen em suas pesquisas com a radiação X  

No dia 8 de novembro deste mesmo ano, Röntgen notou um brilho em uma peça de vidro que se encontrava a pouca distância do tubo. Notou ainda, além da dependência brilho-ampola, que o brilho persistia mesmo quando a ampola (tubo) era recoberta com papel preto. 

Röntgen atribuiu ao aparecimento do “brilho” uma radiação que saía da ampola e que também atravessava o papel preto. A esta radiação desconhecida, mas de existência comprovada, Röntgen deu o nome de raios X, posteriormente conhecidos também por raios Röntgen. 

O uso de uma placa fotográfica em lugar da peça de vidro foi o segundo passo de Röntgen, cujo resultado foi a visualização dos ossos da mão da mulher, que serviu de cobaia (Figura 2).

 Figura 2: radiografia realizada em placa fotográfica correspondendo a mão de sua esposa 

Assim, Röntgen fez uma série de observações acerca dos raios X e concluiu:
  • Causam fluorescência em certas substâncias; 
  • Enegrecem placas fotográficas;
  • É a radiação do tipo eletromagnética, pois não sofre desvio em campos elétricos ou magnéticos;
  • São diferentes dos raios catódicos;
  • Tornam-se “duros” (mais penetrantes) após passar por absorvedores. 

Fonte:

  • SCAFF, Luiz A. M. Física da Radioterapia. 2° ed. São Paulo: Editora Savier, 1997.

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